sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Diagnose Visual

COMO FAZER DIAGNOSE VISUAL

O estado nutricional das plantas é avaliado por meio da diagnose foliar (análise de tecidos vegetais) e diagnose visual (observação de sintomas de deficiência ou excesso). O objetivo da avaliação nutricional das plantas é identificar os nutrientes que estariam limitando o crescimento e produção das culturas. Consiste basicamente, em se comparar uma planta, uma população de plantas ou uma amostra dessa população com um padrão da cultura em questão. O padrão seria uma planta “normal”, sem nenhuma limitação do ponto de vista nutricional e capaz de altas produções.

Para um adequado monitoramento da fertilidade do solo e da nutrição vegetal, recomenda-se conciliar os métodos da análise de solo e da diagnose do estado nutricional das plantas.Na maioria das vezes a folha é utilizada como amostra, pois é aquele que melhor reflete o estado nutricional da planta. Como nas folhas ocorrem os principais processos metabólicos do vegetal, as mesmas são os órgãos da planta mais sensíveis às variações nutricionais. Se houver falta ou excesso de um nutriente, isto se manifestará em sintomas visíveis, os quais são típicos para um determinado elemento.


Diagnose visual na Cultura da Cana-de-açúcar:

De acordo com a fisiologia vegetal e a mobilidade dos nutrientes dentro da planta, deve-se observar se os sintomas ocorrem nas folhas velhas ou novas, de forma que é possível elaborar chaves de diagnose visual.Chave para identificação de deficiência e toxidez.




Descrição dos sintomas de deficiência:





Nitrogênio (N): A deficiência de nitrogênio causa efeitos generalizados sobre toda a planta, com definhamento das folhas mais velhas. As lâminas foliares ficam uniformemente verde-claras a amarelas e os colmos ficam mais curtos e finos. Há atraso no desenvolvimento vegetativo e as pontas e margens das folhas mais velhas tornam-se necróticas (secam) prematuramente.



Fósforo (P): Com a falta de fósforo, as folhas velhas apresentam-se com tons avermelhados nas pontas e margens das folhas expostas ao sol. Ocorre, ainda, uma diminuição no seu tamanho. Os colmos ficam menores e finos e há diminuição do perfilhamento da planta.


Potássio (K): Os sintomas da deficiência têm início nas folhas velhas, que apresentam-se amarelo-alaranjadas, sendo que podem se tornar totalmente marrons. Essa clorose evolui para necrose, deixando as folhas com aspecto de queimadas. Ocorre, também, afinamento dos colmos e a nervura principal apresenta manchas de coloração avermelhada. Um sintoma de deficiência de potássio que ocorre no final do ciclo é o ponteiro em forma de leque, conhecido como “topo de penca”.


Cálcio (Ca): Os sintomas de carência de cálcio ocorrem em folhas novas, que ficam esbranquiçadas e enrolam para baixo, formando um gancho (Figura 4). As folhas mais velhas podem ficar com aspecto enferrujado. Quando a deficiência fica mais aguda, nota-se um afinamento e amolecimento dos colmos.


Magnésio (Mg): Os sintomas aparecem nas folhas velhas na forma de pontuações, começando nas pontas e ao longo das margens. Surgem lesões necróticas vermelhas com aparência de ferrugem. A parte interna da casca do colmo apresenta coloração amarronzada.


Boro (B): A deficiência de boro causa uma deformação nas folhas novas, que se apresentam retorcidas chegando a formar “nó” entre as folhas. Surgem lesões translúcidas (sacos de água) entre as nervuras e plantas novas com muitos perfilhos. As folhas tendem a ficar quebradiças e as folhas do cartucho podem ficar cloróticas e, posteriormente, necróticas, semelhantes aos sintomas da doença conhecida como Pokah boeng.


Enxofre (S): O sintoma de deficiência de enxofre é evidenciado nas folhas novas, que apesentam clorose generalizada, diminuição do tamanho das folhas e colmos muito finos.


Cobre (Cu): A deficiência de cobre leva à ocorrência de clorose em folhas novas na forma de “ilhas” ou manchas verde escuras. As touceiras não conseguem se sustentar (touceira amassada) e os tecidos foliares perdem turgidez, fazendo com que as folhas fiquem caídas (sintoma de topo caído).


Manganês (Mn): A falta de manganês faz com que as folhas novas apresentem clorose entre as nervuras, da ponta até o meio da folha, que evoluem para necroses. Com o vento, ocorre o desfiamento das folhas.


Zinco (Zn): Com a deficiência de zinco, surgem estrias cloróticas verde-claras nas folhas, formando uma faixa larga, sendo que a região bem próxima da nervura central e das bordas permanece com uma faixa.
As folhas ficam curtas, assimétricas e largas na parte média. O perfilhamento é reduzido e os internódios, mais curtos. Os colmos ficam mais finos e podem perder a turgidez (sintoma de colmos moles).


Molibdênio (Mo): A deficiência de molibdênio causa pequenas estrias cloróticas longitudinais, começando no terço apical da folha. As folhas mais velhas secam, prematuramente, do meio para as pontas.


Ferro: A falta de ferro pode causar clorose internerval nas folhas mais novas e, conforme a deficiência se acentua, toda a planta vai ficando clorótica-esbranquiçada.



Diagnose visual na Cultura do Milho:

Nitrogênio: Amarelecimento da ponta para a base em forma de "V'; secamento começando na ponta das folhas mais velhas e progredindo ao longo da nervura principal; necrose em seguida e dilaceramento; colmos finos.



Potássio: Clorose nas pontas e margens das folhas mais velhas seguida por secamento, necrose ("queima) e dilaceração do tecido; colmos com internódios mais curtos; folhas mais novas podem mostrar clorose internerval típica da falta de ferro.


Magnésio: As folhas mais velhas amarelecem nas margens e depois entre as nervuras dando o aspecto de estrias; pode vir depois necrose das regiões cloróticas; o sintoma progride para as folhas mais novas.


Zinco: Faixas brancas ou amareladas entre a nervura principal e as bordas, podendo seguir-se necrose e ocorrer tons roxos; as folhas novas se desenrolando na região de crescimento são esbranquiçadas ou de cor amarelo-pálida; internódios curtos.


Fósforo: Cor verde-escura das folhas mais velhas seguindo-se tons roxos nas pontas e margens; o colmo também pode ficar roxo.


Molibdênio: Pequenas manchas brancas nas nervuras maiores, encurvamento do limbo ao longo da nervura principal.


Enxofre: Folhas novas e recém-formadas com coloração amarelo-pálida ou verde suave. Ao contrário da deficiência de nitrogênio, os sintomas ocorrem nas folhas novas, indicando que os tecidos mais velhos não podem contribuir para o suprimento de enxofre para os tecidos novos, os quais são dependentes do nutriente absorvido pelas raízes.


Cálcio: As pontas das folhas mais novas em desenvolvimento gelatinizam e, quando secas, grudam umas às outras; à medida que a planta cresce, as pontas podem estar presas. Nas folhas superiores aparecem, sucessivamente, amarelecimento, secamento, necrose e dilaceração das margens e clorose internerval (faixas largas); morte da região de crescimento.


Boro: Faixas alongadas aquosas ou transparentes que depois ficam brancas ou secas nas folhas novas; o ponto de crescimento morre; baixa polinização; quando as espigas se desenvolvem podem mostrar faixas marrons de cortiça na base dos grãos. 


Cobre: Amarelecimento das folhas novas logo que começam a se desenrolar, depois as pontas se encurvam e mostram necrose, as folhas são amarelas e mostram faixas semelhantes às provocadas pela carência de ferro; as margens são necrosadas; o colmo é macio e se dobra.


Ferro: Clorose internerval em toda a extensão da lâmina foliar, permanecendo verdes apenas as nervuras (reticulado fino de nervuras).


Manganês: Clorose internerval das folhas mais novas (reticulado grosso de nervuras) e depois de todas elas quando a deficiência for moderada; em casos mais severos aparecem no tecido faixas longas e brancas e o tecido do meio da área clorótica pode morrer e desprender-se; colmos finos. 



Diagnose visual na Cultura do Algodão:

Nitrogênio:  A deficiência de nitrogênio resulta em clorose, ou seja, perda da intensidade da cor verde em toda a planta, por causa da redução da clorofila.



Fosforo:  A deficiência de P reduz a fotossíntese, o acúmulo e a translocação dos carboidratos para as maçãs do algodoeiro.


Potássio (K): O algodoeiro é considerado pouco eficiente na absorção de potássio do solo quando comparado a outras espécies. Dessa forma, a deficiência de K ocorre com maior frequência e intensidade que na maioria das espécies agronômicas. Sua deficiência tradicional, em pré-florescimento, é caracterizada pela clorose internerval das folhas do baixeiro, seguida de necrose nas margens e queda.


Cálcio: A deficiência de cálcio (Ca) não é comum em campo. Em geral, os efeitos da acidez do solo e da pobreza dos demais nutrientes superam ou se expressam mais rápido do que o de deficiência desse nutriente nas lavouras.


Magnésio: Os sintomas de deficiência de magnésio se caracterizam pelo lento crescimento do algodoeiro. Por ser um nutriente de alta mobilidade na planta, os sintomas iniciais surgem nas folhas do baixeiro.
Enxofre: Com a deficiência de enxofre, a fotossíntese é reduzida, afetando a produtividade e a qualidade da fibra. As plantas deficientes em enxofre têm crescimento reduzido.


Boro: Em virtude da baixa mobilidade do boro na planta, os primeiros sintomas ocorrem nas partes jovens, nos tecidos de condução e nos órgãos de propagação. Os sintomas de deficiência mais comuns no campo são: amarelecimento das folhas do ponteiro; no período de florescimento/ frutificação aparecem anéis concêntricos verde escuros nos pecíolos e nas hastes, com necrose interna da medula.
Dificilmente os micronutrientes cloro, molibdênio, ferro, cobre e zinco apresentam deficiências visuais em campo. 



Diagnose visual na Citricultura:

N: Folhas velhas amarelas; folhas ralas; poucos lançamentos.
P: Frutos com miolo ôco Fósforo.
K: Folhas bronzeadas e encurvadas; frutos pequenos; queda exagerada de frutos Potássio.
Mg: Folhas velhas com V verde ao longo da nervura principal.
Boro: Morte de gemas; folhas menores e deformadas.
Cobre: Folhas grandes e flácidas; exsudação de goma nos ramos novos; frutos com manchas escuras.
Manganês: Folhas novas com amarelecimento ou cor verde-pálida entre as nervuras.
Zinco: Internódios mais curtos; folhas novas estreitas com cor amarelada entre as nervuras.



Diagnose visual na Cultura da Soja:



Macronutrientes primários: N, P, K


Nitrogênio (N): A característica da deficiência do N é a redução uniforme de coloração verde das folhas, alterando-se para verde pálido e amarelado (clorose), devido à elevada mobilidade desse nutriente, os sintomas se iniciam pelas folhas mais velhas.

Fósforo (P):O P é rapidamente translocado dentro das plantas e pode mover-se dos tecidos mais velhos para os mais novos, em condições de reduzida disponibilidade no solo. Em plantas adultas, a grande parte do P transloca-se para as sementes. Devido à alta mobilidade do P na planta, seu sintoma de deficiência aparece, inicialmente, nas folhas mais velhas, caracterizado pela coloração anormal em verde-escuro azulado ou bronzeada. A cor púrpura deve-se ao decréscimo da síntese de proteína quando P é deficiente. Outras anormalidades na planta podem ser: caules finos, folhas pequenas, crescimento lateral limitado. Em linha onde o adubo fosfatado não foi aplicado pela adubadora, as plantas ficaram com altura e crescimento reduzidos.


 Potássio (K): Inicialmente, com a deficiência do K, tem-se o amarelecimento no ápice das folhas adultas, sendo atingidas as bordas e toda a lâmina foliar, com necroses posteriores dos tecidos na mesma ordem de progressão dos sintomas. Na linha onde não foi realizada a adubação potássica pela adubadora, nota-se o amarelecimento das folhas e plantas menores do que as normais, com haste grossa. As plantas com deficiência de K têm flores remanescentes, menos vagens, o tamanho é pequeno e sem sementes, comparado com plantas normais. As vagens são manchadas o que afeta a qualidade de sementes. A deficiência de K também causa a abertura de vagens com germinação e deterioração de sementes em seu interior. Em solos arenosos, a aplicação insuficiente de K por vários anos pode causar sintomas de: haste verde, haste verde e retenção foliar, frutos partenocárpicos.


Macronutrientes Secundários: CA, Mg e S


Cálcio (Ca): Com a carência de Ca, são afetados os pontos de crescimento, bem como os meristemas apicais das hastes e das raízes, podendo ocorrer à morte da planta. As folhas tornam-se enroladas e pode haver o colapso dos pecíolos. O sistema radicular apresenta-se com coloração marrom e pequeno desenvolvimento.


Magnésio (Mg): Sua deficiência é visualizada nas folhas velhas, inicialmente em clorose marginal e, posteriormente, internerval, seguindo-se o secamento das bordas.


Enxofre (S): Os sintomas de deficiência de S são semelhantes àqueles do N diferindo-se deste último por ser nas folhas mais novas, devido à sua menor mobilidade nos tecidos. O sistema radicular e a nodulação são reduzidos. Excesso de S pode causar toxidez. A aplicação de superfosfato triplo, no cerrado do primeiro ano, em lugar de superfosfato simples (contém 13% de S) causa sintomas similares aos de deficiência de N e as plantas não crescem. O excesso de S nas folhas causa manchas de amarelecimento.


Os Micronutrientes Que Tem Recebido Maior Atenção São Boro, Zinco, Manganês, Molibidênio e Ferro


 Boro (B): Devido à baixa solubilidade dos compostos de B na planta, o sintoma de deficiência é constatado nas gemas apicais e em folhas novas. Pela figura, nota-se que as folhas são coriáceas, rugosas e espessas.Zinco

(Zn): O sintoma de deficiência de Zn é observado em folhas adultas com coloração amarelo- castanho.

Cobre (Cu): Os sintomas de deficiência de Cu são: clorose, morte apical e internódios curtos, clorose (cor violeta) nas bordas da folha; desenvolvendo-se entre as nervuras, com início nas folhas novas.


Ferro (Fe): O sintoma de deficiência de Fe é a clorose internerval, que pode ser confundida com o sintoma provocado pela deficiência de N, em caso de ser inicial. Com a progressão dos sintomas visuais, é possível distinguir da deficiência por N, por ocorrer em folhas mais novas. Devido à sua mobilidade em estado mais avançado, a cor verde desaparece completamente inclusive nas nervuras principais. A soja FTA é usada como planta indicadora de deficiência de Fe.


Manganês (Mn): Plantas deficientes em Mn têm inicialmente clorose nas folhas, sendo esse mais grosseiro do que o de Fe; a toxicidade se caracteriza pela encarquilhamento das folhas e presença de pintas necróticas.

Molibdênio (Mo): Os sintomas de deficiência de Mo são semelhantes aos de N, pois esse micronutriente é essencial à incorporação de N ao esqueleto orgânico dos tecidos e em leguminosas, por ser integrante de enzima nitrogenase, no caso de sua deficiência e também a absorção de N atmosférico.

Figura 1: Exemplo de deficiência de  nutrientes no milho









segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Visita Técnica VALE FERT - Uberaba MG

A VALE FERT é uma empresa que transforma recursos naturais em nutrientes solúveis, ou seja, de forma em que possa ser absorvido pela planta.

            Os nutrientes são essenciais às plantas; a utilização destes no cultivo contribui com o desenvolvimento da agricultura, ajudando-nos a vencer o desafio de produzir mais alimentos com menor impacto ao meio ambiente.



                           Foto: Site Vale Fertilizantes/Divulgação




Questões:

1)      Quantos % de P2O5 apresenta a rocha no momento da extração? E ao término do beneficiamento?

     No momento da extração a rocha fosfática apresenta 5% de P2O5 e ao término do processo apresenta 35%.

2)      Porque a indústria não fica próxima a área de exploração?

      Pois, a rocha em polpa é transportada via mineroduto até Uberaba.

3)      Qual a distância do mineroduto?

A distância é de 120 km da jazida de extração de Tapira- MG até Uberaba.

4)      Quais os produtos são produzidos pela empresa em Uberaba?

Ácido Sulfúrico
Ácido Fosfórico
Fosfato Bicálcico
Gesso
MAP
Superfosfato Triplo – TSP

5)      Qual a capacidade de produção de superfosfato triplo, simples e MAP?
       
TSP (granulado)......................................................759.580 ton/ano
TSP (farelado).........................................................305.912 ton/ano
MAP (granulado).................................................... 875.595 ton/ano
MAP (pó) ............................................................... 42.921 ton/ano
 
·         Na unidade não é produzida o superfosfato simples.

6)      Qual a diferença na produção entre os três fertilizantes acima?

O superfosfato triplo é produzido a partir da reação do ácido fosfórico com a rocha fosfática.
O superfosfato simples é produzido a partir da rocha fosfática atacada com o ácido sulfúrico.
O MAP é produzido a partir da reação do ácido fosfórico com a amônia.


Fluxo de produção de fertilizantes



7)      Como o gesso é separado do superfosfato simples? Quanto deste produto é gerado pela indústria anualmente?
     
      O gesso é precipitado no momento em que a rocha fosfática é atacada pelo ácido sulfúrico. Anualmente é gerado 1.311.198 ton/ano de gesso pela indústria VALE.



8)      A empresa apresenta algum plano de investimento para o crescimento da produção de P2O5? Se sim em quanto?

Sim, no entanto seu crescimento depende da unidade de Patrocínio.





quarta-feira, 14 de setembro de 2016

IMPORTÂNCIA DA PALHADA NO SISTEMA DE PLANTIO DIRETO

          
Fonte: Agricultura Baixo Carbono


       A palhada é muito importante em um sistema de plantio direto, neste que se visa diminuir o impacto da agricultura e segue o raciocínio das florestas, nas quais as folhas, galhos e outros materiais orgânicos que caem das plantas, fornecem para as plantas em desenvolvimento e aos micros organismos do solo (esses também usam o carbono), nutrientes que são liberados dela durante a sua decomposição. A palhada pode ser vista como um insumo, pois é empregada para proporcionar sustentabilidade à agricultura.

       Quando deixada sobre o solo tem múltiplas funções que podemos denominar de efeitos mecânicos.
  •   No aspecto de conservação do solo reduz a erosão evitando que a chuva desprenda as partículas de solo e as desloque para um ponto mais baixo na paisagem. Protege o solo da ação desagregadora do impacto direto das gotas de água das chuvas, reduzindo a erosão, que causa a perda de solo e de água, a contaminação e o assoreamento de nascentes, rios e reservatórios de água.


      * A palhada deve ser bem espalhada sobre a superfície do solo, pois assim haverá uma maior cobertura e, consequentemente, maior a protegido ele ficará. Todavia, não deve  ser picada excessivamente pois acelera a sua decomposição.

              Fonte: http://www.semeato.com.br
  •  Com o uso da palhada a taxa de evaporação da água e a amplitude de variação de temperatura do solo é reduzida. Dessa maneira, todos os processos biológicos, desde os microrganismos ( proporcionar maior atividade biológica no solo potencializando o controle biológico de pragas e doenças, permitindo o aumento do teor da matéria orgânica do solo (MOS), que pode responder por até 80% da capacidade de troca catiônica (CTC) dos solos do Cerrado) até as plantas, são favorecidos, desempenhando melhor o seu papel, pois, além da umidade persistir por mais tempo, o conforto térmico é maior e numa faixa adequada; 

          * Pode ser comparada com um guarda-chuva, no verão (estação chuvosa) protege o solo da ação direta dos raios solares, mantendo a sua temperatura amena e retendo a sua umidade, o que favorece significativamente a germinação das sementes, o desenvolvimento e a produção das lavouras.

        * Em estação seca (inverno) protege o solo contra a perda de umidade provocada pelo sol e pelos ventos, resultando numa economia de água de irrigação de até 30%. 

      Tem contribuído também para a redução de doenças severas das culturas irrigadas como o mofo branco do feijoeiro, que atualmente também tem afetado a cultura da soja no verão.


  • Impedem ou dificultam os crescimentos das plantas daninhas que, assim, irão competir menos com a lavoura. A necessidade de herbicidas também é reduzida nessa situação.

          *  Não se pode esquecer que a palha é uma boa opção para o sequestro de carbono que, desse modo, deixa de ser lançado na atmosfera.

     Então se pode concluir que a palhada é de grande importância no sistema de plantio direto, tanto pela melhoria da qualidade da água e redução das perdas de solo e pelo aumento da produtividade das culturas e diversificação de produtos, melhorando a rentabilidade da propriedade e incentivando a manutenção do homem no campo.

                                              Fonte: Projeto Draft